quarta-feira, 10 de março de 2010

Mínimos Razoáveis X Máximos Desejáveis

Dilema. Um dilema porque desejo muito.

Qual é o máximo desejável?
Quanto desejamos ter? Me disse um velhinho certa vez: “a mediada do ter é o infinito”.
Quero ser reconhecido por minha habilidade, ser aclamado por amigos e desconhecidos, ser famoso por minha bondade. Quero fazer algo significante pela minha família, construir algo para minha comunidade, fazer algo pela minha nação.

Que dilema. Como se alegrar sem “muito”?

Neste ponto da minha vida tenho mais do que jamais tive. Deveria estar satisfeito. Não estou.
Por vezes sou reconhecido por amigos, e até por desconhecidos. Tenho feito algo que talvez seja relevante para o mundo e para minha família. Deveria estar satisfeito. Não estou.

Esta é a tensão entre o mundo ideal e o mundo real. Meses atrás um amigo ajudou-me a pensar na tensão entre mínimos e máximos. Confesso que pensar nos mínimos razoáveis me trouxe tremenda paz. Paz porque tenho o razoável para ser feliz, sou um “Zé alguém” pra alguns poucos e tenho feito uma coisinha diferenciada aqui outra ali. Pensar no mínimo razoável me deixa feliz ao mesmo tempo não me deixa parar, é o mínimo.

Naquele dia, meses atrás, pensei muito nas limitações da Julia, minha filha. Amo tanto esta menina e se fosse possível daria de mim o que ela não tem. Ainda não sabemos o que exatamente ela tem, ou não tem. Sabemos apenas que ela desenvolve-se lentamente, em relação a outras crianças. A “Juki” acabou de fazer 7 anos, este ano ela continuará na pré-escola e ela já consegue escrever seu próprio nome. Tem mais coisa... outo dia eu conto, mas alegrem-se comigo, porque este é o meu mínimo razoável em relação a Julia. Veja o vídeo.

(Este post deveria estar aqui desde janeiro assim que descobri que a Julia continuaria na Pré-escola)

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2 comentários:

  1. eu nunca vou me saciar. Qdo passei a ter conhecimento do que pode ser máximo (pra mim), jamais me contentarei com o mínimo.

    (na faculdade convivo com seres - que ao meu ver- alcançaram máximos, e na igreja ao ouvir uma msg sobre o que o ser humano é, percebo q estou no mínimo, isso tudo é angustiante! A vida é uma loucura, e, mais uma vez, fico assombrada com a minha vontade louca de viver!)

    eu amo demais a Julia. E ela é mesmo a Remédios. Ela sempre me deixa bem, é um santo remédio!

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