terça-feira, 8 de setembro de 2009

QUADRO DE MENTIRAS

Hoje, enquanto escrevo, é quinta-feira, antevéspera do primeiro feriado prolongado do segundo semestre de 2009. Está chegando o dia que comemoramos a “Independência do Brasil”. Aprendi umas coisas na escola sobre este dia, no livro havia uma figura do quadro de Pedro Américo, aquele onde o príncipe regente, com pose de imperador, está montado em um cavalo. Bom, a verdade é que se passaram muitos anos desde que aprendi sobre este fato, naquele tempo eu morava numa cidade do interior do Paraná, e qualquer cidade de interior que se preze – pelo menos naquela época – tinha um “Desfile de Independência”. Os alunos das escolas desfilavam marchando de uniforme novinho – ficava ansioso por este dia – e os soldados do quartel da cidade também marchavam - acho que mais alguém marchava, mas só me lembro dos alunos e dos soldados. Era a época da ditadura.
Voltando ao fato acontecido no dia 7 de setembro de 1822, descobri mais tarde que os historiadores contestam praticamente tudo que aprendi na escola: o grito, o local do grito, o dia do grito, os modos do príncipe, sua roupa e até o cavalo. Pior que podemos contestar a própria “independência”, nos desligamos de quem nos colonizava, quase que sem luta, por acordos e um tremendo endividamento junto a Grã-Bretanha. Só ganhamos um novo tutor. Independência? Uma mentira que me foi ensinada, e estão ensinando isto pro meu filho na escola: a “verdade” é mentira!
Um golpe, um grande golpe. Enfim, Pedro Américo pintou um quadro décadas depois do acontecido, a obra é verdadeira, mas a cena é falsa, algo aconteceu em relação à “independência do nosso país”, mas não o que está no quadro. Um quadro verdadeiro de uma cena falsa.
O que isto tem a ver conosco? Tudo. Primeiro porque somos brasileiros, ou, uns poucos, estrangeiros que moram aqui. Segundo porque como seres humanos pecadores, apesar de sabermos a verdade, tendemos à mentira e até gostamos dela, chegamos a vivê-la como se fosse verdade. Sinto-me tão incomodado com isso, que às vezes tenho vontade de gritar. Alguns de vocês, que lêem este texto, também sentem este incomodo. Não gostamos disso, mas acontece o tempo todo. Tem sempre alguém em nosso círculo de relacionamento lidando com uma mentira: mentindo para nós ou, pior ainda, ouvindo uma de nossas mentiras.
Que cena da sua vida você pintou ou permitiu que pintassem sobre você que não é verdadeira? Pense um pouco em sua vida. Há um quadro seu, que todos vêem, no qual a cena é falsa? Há uma mentira que de alguma forma te beneficia? A cena falsa pode ter uma ligação com o seu passado: seja no casamento, na família, no trabalho, e/ou no relacionamento com Deus.
Se este é o seu caso, ou o caso de alguém próximo de você, saiba: “Só a verdade te libertará”. Nunca, nunca haverá paz enquanto usarmos a mentira como ferramenta. A Bíblia diz que o diabo é o pai da mentira. Esta é usada por ele para nos prender e acabar com a paz. Enquanto os quadros falsos, mentirosos, da sua vida não forem contestados, você é refém do pai da mentira.
Grite! Conteste os quadros de cenas falsas que perduram em sua vida! Grito de liberdade: “Independência ou morte”. Diga: Em nome de Jesus não quero mais depender de mentiras para conquistar alguém. Quero uma vida de paz gerada na verdade. Quero a verdadeira paz!

Cansado de ver e ouvir mentiras, S. Junior.

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