quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O que você faz com o que fizeram com você?



Esta semana, numa das conversas, num dos grupos que fui, falamos sobre paternidade. Sobre o tipo de pai que tivemos. Este não era o tema, mas foi uma conversa mais profunda do que esperávamos. Tudo começou porque lembrei o que vivi no ultimo evento que estive participando. Numa das minhas palavras comentei que meu pai, muito ocupado, durante toda minha infância só jogou futebol comigo duas vezes. Foi pouco. Quase nada. Mais tarde naquele mesmo dia um atleta, jogador de futebol americano de um time aqui de São Paulo, disse, com lágrimas nos olhos: - ... meu pai é uma pessoa muito boa, mas nunca, nenhuma vez jogou comigo... Acho que nem preciso dizer quão emocionante foi esta conversa. Classifico estas situações como parábolas da vida real: Quem teve quase nada, consolou quem nada teve, e quem não teve nada, mesmo assim, virou atleta...

Muitos reclamam do tipo de pai que tiveram, ou têm, acham que hoje são meio que aleijados emocionais devido ao jeitão que foram educados. Reclamam daquilo que o pai fez ou deixou de fazer. De algum jeito estão presos ao passado que não volta, justificando comportamentos estranhos.

Uma proposta de avaliação que ouvi naquele grupo: Hoje a questão não é o que fizeram com você, a questão hoje é – O que você faz com o que fizeram com você?

O que faço com o que fizeram comigo? Esta pergunta me faz olhar de forma diferente para vida. Pensar assim, me faz olhar para o único ponto onde tenho algum controle, o presente. O passado já foi, o futuro é um sonho ou um plano. Hoje decido não errar onde erraram comigo! De minha parte jogo futebol semanalmente com meus filhos, dou tempo de qualidade a cada um deles e, não só por vocação, ajudo meus amigos, pais, a perceberem o quanto isto é importante.

O que você faz com o que fizeram com você?

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